domingo, 27 de setembro de 2009

Adorei isso:

Fisioterapia Baseada em Evidências


"Até pouco tempo atrás, os fisioterapeutas se utilizavam predominantemente de abordagens nomeadas, baseando nelas a sua intervenção terapêutica muitas vezes empregada de forma genérica, focando principalmente nos distúrbios da criança com paralisia cerebral. É cada vez mais evidente que nenhuma abordagem empregada em sua forma "pura" consegue atender a todas as necessidades de cada criança (Mayston 2004). Conseqüentemente, estas abordagens são modificadas, e possivelmente deixaram de ser o que pretendiam originalmente. Isto gera confusões entre os prestadores de serviço, o mundo terapêutico e toda a equipe que lida com a criança (Damiano 2004). Apesar de alguns aspectos destas abordagens continuarem sendo úteis, a carência de evidências científicas concretas que sustentem o seu emprego é alvo de críticas contra a sua utilização contínua.
É imprescindível atender às constantes exigências para intervenções terapêuticas com eficácia comprovada, e foi sugerido que apenas as pesquisas clínicas de alta qualidade deveriam fundamentar as terapias baseadas em evidências (Herbert et al 2005). Entretanto, somos obrigados a reconhecer que, até hoje, as evidências experimentais são insuficientes para tal. A base de evidências para o tratamento fisioterapêutico de distúrbios neurológicos de movimento é limitada, particularmente na pediatria. Dromerick (2003) afirmou que os pacientes não morreriam de uma "má reabilitação", razão pela qual sempre existiu um número menor de pesquisas de alta qualidade nestas áreas. Talvez isto até seja verdade, contudo a pesquisa clínica é difícil, particularmente na pediatria, devido a aspectos éticos, preferências dos clientes, restrições financeiras, e insuficiência de números para fortalecer os cálculos estatísticos em busca de um resultado significativo. A menos que a pesquisa tenha sido bem planejada e executada, e possa ser repetida, a questão muitas vezes é se foi o tratamento que fez a diferença, ou se as mudanças significativas se devem mais ao curso natural do crescimento e desenvolvimento. Entretanto, isto não significa que os terapeutas devam ignorar o desafio: todos nós temos a responsabilidade para com os nossos clientes e prestadores de serviço de utilizar as evidências disponíveis e de procurar respostas para o que não sabemos ainda.
Sackett et al (1996) afirmou que a prática baseada em evidências não se baseia exclusivamente na evidência experimental; é muito mais a integração destas descobertas com o conhecimento técnico do terapeuta e os valores pessoais do cliente que, juntos, fornecem a informação necessária. O conhecimento técnico do terapeuta é valioso, o cliente está conquistando uma voz mais forte, e a evidência experimental está emergindo, mas, mesmo assim esta evidência precisa ser avaliada com senso crítico. Existe um interesse em aplicar as descobertas da emergente base de evidências que sustenta o emprego de técnicas como o alongamento muscular, esporte/treinamento esportivo, treinamento de tarefas específicas (p. ex: terapia de restrição, treinamento em esteira rolante), para citar algumas (Damiano 2004). Mas até mesmo estes estudos requerem uma análise crítica, uma vez que a maioria deles é realizada com crianças mais capacitadas, sendo muitas vezes das categorias I-III do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS, Palisano et al 1997). Ainda assim, existe um movimento encorajador em direção à abordagem científica do tratamento de crianças com distúrbios neurológicos motores, sendo o mais comum a paralisia cerebral."
(retirado do blog Humberto neto - guia do fisioterapeuta)

Testes PEDI, GMFM e AIMS


PEDI
SOBRE O TESTE
Avaliar desenvolvimento de habilidades e o nível de independência no desempenho de atividades funcionais
Crianças de 6 meses a 7 anos e meio
Formato de questionário: julgamento ou entrevista estruturada
É dividido em três partes:

Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
1ª Parte - habilidades que a criança apresenta para desempenhar atividades do cotidiano. Dividida em três áreas:

- Auto Cuidado: 73 itens
- Mobilidade: 59 itens
- Função social: 65 itens
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação : escore
1 (criança é capaz) ou
0 (criança não é capaz)

Os escores são somados em cada área de função resultando em três escores totais de habilidade

Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
2ª Parte - quantidade de ajuda que a criança recebe do cuidador para realizar 20 tarefas funcionais que estão divididas nas mesmas áreas :
- Auto cuidado
- Mobilidade
- Função Social
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação : escala ordinal
0 ( necessidade de assistência total)
1 ( necessidade máxima)
2 ( necessidade média)
3 ( necessidade mínima)
4 ( supervisão)
5 ( sem necessidade- independente)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Da mesma forma que na 1ª parte os escores são somados em cada área de função resultando em três escores totais de habilidade
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
3ª Parte – documenta as modificações utilizadas pela criança no desempenho das mesmas tarefas de:

- auto cuidado ( n = 8)
- mobilidade ( n = 7)
- função social ( n = 5)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação : frequência de modificações utilizadas pela criança
N ( nenhuma modificação)
C ( modificação centrada)
R ( modificação de reabilitação)
E ( modificação extensiva)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação Geral : o escore bruto pode ser dividido em três tipos de escalas
- Normativo ( percentil de desempenho)
- Contínuo ( perfil funcional em mapas)
- Fit ( padrão de resposta)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Tempo de aplicação do teste
- examinador e formato de aplicação

Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Propriedades Psicométricas
- Padronização : amostra 412 crianças norte-americanas de ambos os sexos
- Confiabilidade e validade : diversas evidências
- Versão Brasileira : adaptação cultural
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Observações gerais
- Áreas distintas no desempenho funcional
- Documentação objetiva e quantificação de mudanças longitudinais e de efeitos de intervenção.
Teste:

Gross Motor Function Measure

(GMFM)
OBJETIVOS DO TESTE
1) Medir mudanças longitudinais na função motora grossa em crianças com PC;
2) Descrever o nível da função motora de uma criança, documentando a quantidade de atividades motoras que essas crianças são capazes de executar (e não a qualidade dessa movimentação);
3) Auxiliar na definição de objetivos terapêuticos e na informação aos cuidadores sobre os progressos obtidos no processo de reabilitação;
OBJETIVOS DO TESTE
4) Servir de instrumentação para qualificar a atividade motora de crianças com PC, possibilitando assim o desenvolvimento de investigações científicas na área.

TIPO DE CLIENTELA E/OU POPULAÇÃO ALVO
Este teste foi desenvolvido para crianças com PC. No que se refere à complexidade do conteúdo do teste, espera-se que crianças com 5 anos de idade que apresentem habilidades “normais” consigam desempenhar todos os itens. Crianças portadoras de PC com idade cronológica superior a 5 anos podem ser testadas com o GMFM, desde que as habilidades motoras apresentadas por elas sejam equivalentes às de crianças normais com idade entre 0 e 5 anos.

FORMATO DO TESTE
Composto por 88 itens agrupados em cinco dimensões:
Deitado e rolando= 17 itens
Sentado= 20 itens
Engatinhando e ajoelhado= 14 itens
De pé= 13 itens
Andando, correndo e pulando= 24 itens.

O teste é pontuado de acordo com critérios específicos definidos para a execução de cada item.
Os itens de cada dimensão estão organizados em seqüência desenvolvimental e, por isso, recomenda-se que sejam testados na ordem de apresentação, para evitar a omissão de qualquer item.
Durante o teste é permitido que o examinador demonstre o item, dê dicas verbais e encoraje a criança em sua realização

A criança pode ser auxiliada fisicamente durante uma “tentativa de experiência” anterior à aplicação do teste, para assegurar que ela tenha compreendido as instruções.
A criança pode realizar até três tentativas para desempenhar cada item.
O desempenho espontâneo é aceitável e está incluído nas três tentativas.
Se a criança executar o item na primeira tentativa, não será necessária nenhuma tentativa subseqüente.

PONTUAÇÃO
O escore dado a cada item é baseado em uma escala de 4 pontos:
0= A criança não inicia.
1= Inicia e realiza menos de 10% da tarefa.
2= Completa parcialmente (realiza mais que 10% e menos do que 100% da tarefa).
3= Completa (realiza 100% da tarefa).

Caso a criança não seja cooperativa e se recuse a desempenhar determinado item, pode-se retornar a este item no final do teste.
O teste pode ser aplicado com a criança fazendo uso de órteses ou outros dispositivos de suporte.
PROPRIEDADES PSICOMÉTRTICAS
Padronização: A amostra normativa foi composta por 111 crianças portadoras de PC com níveis de gravidade leve, moderado e grave, e faixa etária variando entre 5 meses e 15 anos de idade. Além destas, foram incluídas também outras 25 crianças portadoras de traumatismo craniano (faixa etária entre 2 e 22 anos) e 34 crianças, sem disfunções físicas, com idade variando de 1 mês a 4 anos.
CONFIABILIDADE E VALIDADE


Estudos informam que o GMFM é instrumento válido e confiável para avaliação do desenvolvimento motor grosso de crianças com PC.
OBSERVAÇÕES GERAIS
Este instrumento tem sido extensivamente utilizado na literatura científica, sendo um teste que possibilita documentação quantitativa da movimentação motora grossa de crianças portadoras de PC.
É um instrumento de baixo custo e de fácil aplicação
LIMITAÇÕES
Necessidade dos participantes (crianças avaliadas) de entenderem comandos simples, o que dificulta a aplicação em crianças com deficiência mental e/ou sensorial (visual, auditiva) associada à PC




ALBERTA INFANT MOTOR SCALE (AIMS)
SOBRE O TESTE
Autores: Martha C. Piper, PhD,PT e Johanna Darrah, PhD, PT
Referência completa da publicação : PIPER, M.C.; DARRAH, J.
Motor Assessment of the Developing Infant. Philadelphia : W.B. Saunders Company , 1994.
Endereço eletrônico : www.psychcorp.com/catalogs/
Custo ( manual ) : US$ 25,00
Folha de escore ( pacote com 50 unidades) : US$ 19,95

OBJETIVOS DO TESTE
TIPO DE CLIENTELA
CARACTERIZAÇÃO DO INSTRTUMENTO
brinquedos do agrado da criança (podem ser da própria ) e a folha de registro ou formulário de pontuação
FORMATO DO TESTE
Cada item é acompanhado por um gráfico que informa a percentagem de crianças (50 e 90%) da amostra normativa que completaram o item com sucesso em cada grupo etário.

PONTUAÇÃO
possível identificar o percentil de desempenho motor grosso da criança.

O percentil motor pode variar de 5 a 90% , sendo que, percentis inferiores a 10% aos 4 meses de idade e a 5% aos 8 meses de idade podem ser considerados como indicativos de atraso no desenvolvimento motor.

TEMPO DE APLICAÇÃO
PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS

Confiabilidade e validade : Estudos informam que o teste AIMS é válido e confiável para avaliação das habilidades motoras grossas na faixa etária que se propõe.

OBSERVAÇÕES GERAIS

O gráfico de percentil é também de fácil compreensão, uma vez que se assemelha aos gráficos de altura e peso utilizados pelo pediatra .
Artigo:
Efeitos do uso de órtese na mobilidade funcional de crianças com Paralisia Cerebral



Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol. 10, N° 1 (2006), 67-74
Autores: Cury VCR, Mancini, MC, Melo AP, Fonseca ST, Sampaio RF, Tirado MGA

sexta-feira, 1 de maio de 2009

selinho


amei esse selinho q ganhei da minha amiga andréia...obrigada...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

trombose/doença arterial periférica


O assunto de hoje é sobre doença arterial periférica, que infelizmente está acometendo os mmii da minha vó querida. No momento ela encontra-se em tratamento com anticoagulantes e vasodilatadores. Vejam o que é:

A doença arterial periférica ( DAP ) caracteriza-se pela presença de aterosclerose ( desenvolvimento de placas de gordura ou ateroma ) na artéria aorta e em seus ramos principais , além do comprometimento das artérias mais periféricas , localizadas nos membros inferiores e superiores .

O estreitamento parcial de uma artéria , poderá ser agravado por um acidente da placa de ateroma ( formação de um coágulo sangüíneo ou trombose ) , processo que poderá ocluir totalmente a artéria afetada . Quando uma artéria apresenta um estreitamento por aterosclerose , as partes do corpo supridas por este vaso não recebem uma quantidade adequada de sangue e oxigênio , processo chamado de isquemia .

Esta isquemia poderá ocorrer de modo súbito ( isquemia aguda , geralmente associada a trombose complicando uma placa de ateroma ) ou gradual ( isquemia crônica , associada a uma placa de ateroma que causa uma obstrução crítica ) . Para evitarmos a doença arterial periférica, devemos combater os fatores de risco cardiovascular .

Doença arterial periférica da aorta abdominal e de seus ramos:

- Sinais , sintomas e diagnóstico :

A doença arterial periférica pode causar uma obstrução da aorta abdominal e de seus ramos principais, podendo ser súbita ou gradual. Normalmente ocorre uma obstrução completa e súbita , quando um coágulo transportado pela corrente sangüínea aloja-se em uma artéria ( embolia ) ou quando há a formação de um coágulo em uma artéria já acometida por aterosclerose ( acidente da placa de ateroma , seguida de uma trombose ) ou , ainda , quando ocorre uma laceração da parede arterial , como na dissecção aguda da aorta . Geralmente, uma obstrução gradual é devida ao processo de aterosclerose .

A circulação intestinal , a qual origina-se a partir da aorta , irriga grande parte do intestino ( artéria mesentérica ) . Quando essa artéria é estreitada, o tecido intestinal começa a sofre as comseqüências da isquemia. Uma obstrução completa e súbita da artéria mesentérica , é uma emergência médica ( trombose mesentérica ) .

O indivíduo que apresenta esse tipo de obstrução , apresenta-se gravemente doente, com uma dor abdominal intensa. No início, o paciente apresenta vômitos e urgência para evacuar. O abdômen pode apresentar uma distensão discreta. O paciente pode apresentar sangue nas fezes. A pressão arterial pode cair e o indivíduo entrar em choque , principalmente quando o intestino começa a gangrenar ( morte do tecido intestinal por falta de circulação ) .

Tipicamente, um estreitamento crônico e gradual da artéria mesentérica , provoca dor 30 ou 60 minutos após uma refeição, pois a digestão exige um maior fluxo de sangue para os intestinos. A dor é constante e , geralmente, localizada na região umbilical , sendo chamada de angina mesentérica . Isto pode fazer com que os pacientes tenham medo de ingerir alimentos, fato que pode levar a uma perda de peso considerável.

Quando um coágulo aloja-se subitamente em uma das artérias renais ( os vasos que suprem os rins ) , o paciente poderá apresentar uma dor súbita na região lateral do abdome ( flanco ) ou na região lombar . A urina pode torna-se sangüinolenta. Geralmente, a obstrução gradual das artérias de um ou ambos os rins é decorrente da aterosclerose , podendo levar à hipertensão arterial ( hipertensão arterial renovascular ) , a qual é responsável por 3 a 5% de todos os casos de hipertensão arterial.

Quando a aorta inferior é abruptamente obstruída no ponto onde ela divide-se em dois ramos ( artérias ilíacas direita e esquerda ), as quais passam pela pelve para conduzir o sangue até os membros inferiores, estes tornam-se doloridos, pálidos e frios. Não é possível se detectar pulsos nos membros inferiores e estes podem tornar-se insensíveis. Quando o estreitamento da parte inferior da aorta ou em uma das artérias ilíacas ocorre de uma forma gradual , o indivíduo apresenta cansaço muscular ou dor nas nádegas, nos quadris e nas panturrilhas ao caminhar .

Nos homens , a impotência sexual é comum nos casos de estenose da aorta inferior ou de ambas as artérias ilíacas. Se o estreitamento ocorrer na artéria que se originam na região inguinal ( virilha) e descem pelo membro inferior até o nível do joelho ( artéria femoral ), o indivíduo geralmente apresenta dor nas panturrilhas ao caminhar ( claudicação intermitente ) e os pulsos abaixo do nível da obstrução são fracos ou estão ausentes.

-Tratamento :

A sobrevivência de um indivíduo após uma obstrução súbita da artéria mesentérica ( trombose mesentérica ) e o salvamento do intestino , dependem da velocidade com que a irrigação sangüínea é restaurada. Para ganhar um tempo precioso, o indivíduo pode ser submetido a uma cirurgia de emergência ,mesmo sem que haja um diagnóstico definitivo . Se a artéria mesentérica estiver obstruída, confirmando a suspeita inicial , apenas a cirurgia imediata poderá restaurar a irrigação sangüínea com rapidez suficiente para salvar a vida do paciente.

Os médicos usam o ecodoppler ou ultrassom vascular e a angiografia para determinar a extensão da obstrução e para confirmar a necessidade de uma cirurgia. Geralmente, os coágulos sangüíneos das artérias hepática e esplênica ( ramos que irrigam o fígado e o baço ), não são tão perigosos quanto a obstrução do fluxo sangüíneo intestinal. A remoção cirúrgica precoce de um coágulo localizado na artéria renal pode restaurar o funcionamento do rim. Algumas vezes, no caso de uma obstrução gradual de uma artéria renal, o médico realiza uma angioplastia ( procedimento no qual um cateter com um balão em sua extremidade é inserido na artéria e este é insuflado para eliminar a obstrução ) ou realiza uma cirurgia de derivação .

Doença arterial periférica das artérias dos membros inferiores e superiores:

- Sinais , sintomas e diagnóstico :

A doença arterial periférica , pode acarretar um estreitamento gradual de uma artéria do membro inferior, o primeiro sintoma é uma sensação dolorosa, cãimbras ou cansaço nos músculos da panturrilha ( "batata da perna" ) do membro inferior : é a chamada claudicação intermitente. Os músculos doem durante a marcha e a dor aumenta rapidamente e torna-se mais intensa durante a marcha rápida ou em um plano ascendente. Mais comumente, a dor localiza-se na panturrilha, mas também pode localizar-se no pé, na coxa, no quadril ou na nádega, dependendo da localização do estreitamento.

A dor pode aliviar com o repouso. Normalmente, após 1 a 5 de minutos de repouso , na posição sentada ou em pé, o indivíduo pode caminhar a mesma distância já percorrida antes que a dor se manifeste novamente. O mesmo tipo de dor durante um esforço também pode ocorrer em um membro superior quando eixte uma estenose da artéria que fornece sangue ao mesmo. À medida que a doença agrava, a distância percorrida , sem sentir dor , diminui.

Finalmente, o indivíduo pode apresentar claudicação mesmo em repouso. Comumente, a dor começa na perna ou no pé, é intensa e persistente , piorando quando o membro inferior é elevado. Freqüentemente a dor impede que o indivíduo durma. Para obter algum alívio, o indivíduo pode deixar os pés pendentes na lateral do leito ou pode sentar-se com os membros inferiores pendentes. Geralmente, um pé com uma redução acentuada da irrigação sangüínea torna-se frio e insensível. A pele pode tornar-se seca e descamativa , as unhas se atrofiam e os pêlos caem . Com a piora da obstrução , pode ocorrer a formação de úlceras nos dedos dos pés ou no calcanhar e, ocasionalmente, nas pernas, sobretudo após uma lesão. O membro inferior pode atrofiar.

Uma obstrução grave pode causar a morte do tecido ( gangrena ), necessitando inclusive de uma amputação . No caso de uma obstrução súbita e completa de uma artéria de um membro inferior ou superior, o indivíduo apresenta dor intensa, diminuição da temperatura e insensibilidade no membro, o qual apresenta um aspecto pálido ou azulado ( cianótico ). A palpação de pulsos não é possível abaixo do nível da obstrução. A suspeita de obstrução é estabelecida a partir dos sintomas descritos pelo paciente e pela observação de diminuição ou ausência de pulsos , abaixo de um determinado nível do membro inferior. O médico pode avaliar o fluxo sangüíneo de diversos modos como, por exemplo, através da comparação entre a pressão arterial ao nível do tornozelo e a pressão arterial do braço ( índice tornozelo-braquial ). O diagnóstico poderá ser confirmado através de certos exames.

No caso do ecodoppler ou ultrassom vascular , uma sonda é colocada sobre a pele do paciente ( sobre a área da obstrução) , e o som produzido pelo fluxo sangüíneo indica o grau de obstrução. Por não exigir uma injeção, o ecodoppler ou ultrassom vascular , é utilizado no lugar da angiografia. Na angiografia, uma solução opaca aos raios X ( contraste ) é injetada na artéria. Em seguida, são realizadas radiografias que revelam velocidade do fluxo sangüíneo, o diâmetro da artéria e o grau de qualquer obstrução que esteja presente. A angiografia pode ser seguida pela angioplastia, para desobstruir a artéria.

- Tratamento:

Quando possível, os indivíduos com claudicação intermitente devem caminhar pelo menos 30 minutos por dia. Ao sentirem dor, eles devem parar até a dor desaparecer e, em seguida, reiniciar a caminhada. Com esse procedimento, geralmente a distância percorrida pode ser aumentada, talvez pelo fato do exercício melhorar o desempenho muscular e provocar a dilatação dos demais vasos sangüíneos que irrigam os músculos. Os indivíduos com obstrução arterial não devem fumar.

A cessação do tabagismo costuma melhorar muito a claudicação intermitente. A elevação da cabeceira da cama com calços medindo 10 a 15 centímetros pode ser útil para aumentar o fluxo sangüíneo nos membros inferiores. O médico poderá prescrever medicamentos , com o objetivo de melhorar a oferta de oxigênio aos músculos e o tempo de caminhada livre de sintomas . Outras drogas , como a aspirina ( antiplaquetário ) e as vastatinas ( drogas redutoras de colesterol ) , também costumam ser prescritas . Medicamentos para o combate da hipertensão arterial e do diabete melito , situações comuns nestes pacientes , também deverão ser utilizadas. Os cuidados com os pés são fundamentais. O objetivo desses cuidados é preservar a sua circulação sangüínea e evitar as complicações produzidas pela má circulação.

Como regra, qualquer indivíduo com má circulação nos pés ou com diabete melito , deverá consultar um médico quando uma úlcera não cicatriza em aproximadamente sete dias. Se a úlcera se infeccionar, ele geralmente prescreve antibióticos que devem ser administrados pela via oral. A cicatrização total poderá demorar semanas ou mesmo até vários meses.

Angioplastia : geralmente, os médicos realizam a angioplastia imediatamente após a realização de uma angiografia. A angioplastia consiste na passagem de um cateter com um balão na extremidade na área estreitada da artéria e, em seguida, ocorre a insuflação do balão, para eliminar a obstrução causada pela aterosclerose. A angioplastia exige somente um ou dois dias de internação e pode evitar a necessidade de uma cirurgia de grande porte. O procedimento é indolor, mas pode ser um pouco desconfortável, pois o paciente tem de permanecer imóvel sobre uma mesa de radiografia, a qual é dura.

O paciente é submetido a uma sedação leve. Após o procedimento, os médicos preferem administrar um inibidor plaquetário , como a aspirina e o clopidogrel , para evitar a formação de um coágulo. O médico pode realizar um ecodoppler ou ultrassom vascular para verificar o resultado do procedimento e para se certificar de que não houve recorrência da estenose. A angioplastia não pode ser realizada quando o estreitamento é disseminado, quando é muito extenso ou quando a artéria é muito fina. Quando ocorre a formação de um coágulo sangüíneo na área estreitada , um descolamento de um fragmento do coágulo e uma obstrução de uma artéria mais distante, quando há infiltração de sangue no revestimento da artéria com produção de uma protuberância e interrupção do fluxo sangüíneo ou ainda , quando ocorre uma hemorragia , poderá ser necessária a realização de uma cirurgia de emergência. Além do cateter com balão, os stents ( estrutura metálica liberada na parede da artéria ,por ocasião de uma angioplastia ) são freqüentemente usados , visando aumentar as chances de manutenção do resultado obtido pela angioplastia.

Cuidados com os pés: o indivíduo que apresenta uma má circulação nos pés deve instituir as seguintes medidas e precauções: examinar os pés diariamente, verificando a presença de rachaduras, feridas, calos e espessamentos; lavar os pés diariamente com água morna e sabonete neutro, secando-os suave e completamente ; utilizar um lubrificante, como a lanolina, para a pele seca ; utilizar um talco comum, não medicinal, para manter os pés secos ; cortar as unhas retas e não demasiadamente ; procurar um podólogo para tratar calos ; trocar de meias diariamente ; não utilizar ligas ou meias apertadas, com a parte superior elástica ; utilizar meias de lã folgadas para manter os pés aquecidos; não utilizar bolsas de água quente ou almofadas elétricas; calçar sapatos especiais , confortáveis e com bicos largos ; no caso de uma deformidade do pé, solicitar ao podólogo uma prescrição de calçados especiais.

Cirurgia: com muita freqüência, a cirurgia alivia os sintomas, cura as úlceras e evita a amputação. Em alguns casos agudos , quando apenas uma pequena área encontra-se bloqueada por um coágulo, o cirurgião vascular poderá removê-lo ( embolectomia ) .Em casos de obstrução crônica , o cirurgião pode realizar um enxerto de derivação ( by pass ), no qual é realizada o implante de um enxerto artifical ( um tubo de material sintético) ou de uma veia retirada de uma outra parte do corpo, permitindo uma comunicação entre a parte superior da artéria obstruída e a parte situada abaixo da obstrução.

Outra técnica consiste na remoção da parte obstruída ou estreitada e , a inserção de um enxerto em seu lugar. A secção dos nervos próximos à obstrução (uma cirurgia denominada de simpatectomia) previne os espasmos ( contrações e estreitamentos ) da artéria e, em alguns casos, pode ser muito útil. Uma amputação poderá ser indicada para a eliminação do tecido infectado, para o alívio de uma dor persistente ou para a interrupção de uma gangrena que se agrava. Neste procedimento , o cirurgião remove o mínimo possível do membro inferior, principalmente se o paciente planeja utilizar uma prótese.

Fonte: http://portaldocoracao.uol.com.br/versao-para-impressao.php?id=14


BEM VINDO!: fisioterapia aquática

BEM VINDO!: fisioterapia aquática

Trocar idéias sobre fisioterapia.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Luíza


minha sobrinha amada....

artesanato


amo!!! Apesar de não ter tempo, fico apreciando esses trabalhos lindos!
Minha amiga Andréia viviane que faz coisas maravilhosas...um dia eu chego lá
olhem que paixão isso - vou tentar fazer..ainda conto como foi

fisioterapia aquática


Fisioterapia aquática é hoje o termo mais conhecido para exercícios terapêuticos realizados em piscina aquecida e coberta, com orientação total e restrita ao profissional de fisioterapia onde, através do uso de inúmeras técnicas de reabilitação, associadas às propriedades físicas da água, principalmente a pressão hidrostática, flutuação, viscosidade e aos efeitos do calor, proporcionam aos pacientes, efeitos fisiológicos que surgem imediatamente após a imersão.
Dentre os vários efeitos fisiológicos que ocorrem no organismo

• vasoconstrição periférica, que aumenta o retorno do sangue venoso;
• aumento da pressão sobre os vasos linfáticos, que facilita a drenagem linfática ajudando no processo de resolução de edemas;
• melhora do aporte sangüíneo muscular, que juntamente com o calor da água, promove relaxamento muscular;
• melhora da capacidade respiratória, renal e hormonal.
Outro importante benefício que a terapia realizada em piscina proporciona é a retirada da carga das articulações imersas progressivamente, permitindo a intervenção reabilitadora quando o movimento articular sujeito à carga condicionada pela gravidade for proibida.
A fisioterapia aquática pode favorecer muitos benefícios adicionais aos efeitos a longo e curto prazo da terapia pelo exercício ativo regular e supervisionado.

Ela combina os componentes e vantagens de numerosas teorias de tratamento e técnicas de exercícios, proporcionando ao paciente:
• alívio da dor e espasmos musculares;
• manutenção ou aumento da amplitude de movimento articular;
• fortalecimento muscular e treino de resistência;
• reeducação dos músculos paralisados;
• melhora na circulação e diminuição de edemas;
• manutenção e melhora do equilíbrio, propriocepção, coordenação e postura;
• além de haver um encorajamento das atividades da vida diária e uma sensação de bem estar físico e psicológico.
A Fisioterapia Aquática é usada no tratamento de pacientes das mais diversas patologias:

Ortopedia e Traumatologia - problemas da coluna vertebral, fraturas, pré e pós-operatórios, inflamações, praticantes de esportes de diversas modalidades, luxações, etc...

Neurologia (adulto e infantil) - AVC, pré e pós-operatório, atraso no desenvolvimento motor, paralisia cerebral, Síndrome de Down, etc.

Reumatologia - artrites, fibromialgia, espondilite anquilosante, discopatias degenerativas

Ginecologia e Obstetrícia - Pré e pós parto, gestantes, etc.

Respiratória ( adulto e infantil) - asma, bronquite, pré e pós operatório de lobotomia, etc.

Geriatria - patologias diversas decorrentes ou não do envelhecimento.

Síndromes Dolorosas e Síndromes Raras .

Fisioterapia aquática para Bebês
Indicado a partir do sétimo mês. Aulas com presença materna

A única atividade que um bebê de tenra idade pode fazer é a atividade aquática, onde ele se sente confortável, e tem seus movimentos facilitados pela água.
Nadar não diz respeito apenas a mover-se na água diz respeito a estar na água e com a água. Quanto mais cedo o bebê começa a natação, mais relaxado ele ficará na água porque mais nítidas serão suas lembranças de sua vida uterina, quando ele vivia satisfeito num mundo aquático e quentinho. A aula de natação, adaptada para bebês, é afetiva e deve ter sempre a participação da mãe.
Benefícios
• Evita acidentes em piscinas, pois a aprendizagem trás conhecimento e adaptação do bebê ao meio líquido, facilitando assim sua busca por apoios, bloqueio da glote sempre que o rostinho entrar em contato com a água e o respeito por entrar na água somente quando for pedido..
• A fisioterapia aquática auxilia no pré-estímulo motor, antes mesmo de a criança tentar se deslocar fora da água, já o consegue dentro da água, assim facilitando seu maior desenvolvimento. Não há uma previsão certa do que virá acontecer com o bebê, cada um assimila o aprendizado de forma diferenciada. - Durante as aulas acontecem diferentes formas de estímulos, tanto motores, como visuais, auditivos, verbais, entre muitos outros. O bebê aprende cores, tamanhos, texturas, diferença entre objetos, músicas, aprende a ter contato e distinguir outras crianças e as pessoas estranhas dos familiares, iniciando assim o convívio social.
• O tônus muscular começa a se formar, e assim dominar a posição sentada, conquistar a posição de pé e tudo isso facilita a sua busca de equilíbrio.